Lendo seu texto me lembrei do filme "a pior pessoa do mundo " onde ela tem alguns incômodos de tempos em tempos e necessita mudar algo,seja grande ou pequeno. Acho que também ando passeando por esse caminho ,mas tô indo mais devagar ,pq em 2013 tive um surto de me desprender de muitas coisas materiais e hoje sinto falta de muitas coisas que não posso comprar, como:diários que escrevia no ensino medio, um cordão feito de pluma que usei numa festa especial,agulhas de quando furei meus primeiros piercings,ingressos de show e etc.Mas hoje em 2025 me bateu vontade de mudança novamente, cabelo,roupa,acessórios, músicas...é inevitável, a natureza chama rs
Se identificar existindo, pertencendo aqui, ali e noutro lugar também, mas mais do que isso, se pertencendo, indo e vindo como se quer. Que texto massa. ✨
Amei a parte do “eu, sim, tenho olhado para as coisas que gosto — e que tenho — na ânsia que elas me respondam as perguntas que eu nem sequer terminei de formular.”
Imagino que não seja fácil chegar onde você chegou e sustentar o ranço instaurado. Mas valerá a pena. Não vejo a hora dessa consciência de classe chegar em minhas amigas. Te contar que nasci no sertão da Bahia mas circulei muito pelo sudeste por causa da universidade e nunca consegui de fato me integrar à esquerda ecobag, apesar de até ter as mesmas referências e o mesmo arcabouço intelectual em alguma instância… esses grupos gostam dos “excluídos” como um token exótico e que não os confronte. O melhor mesmo é a gente pegar o que for legal desse rolê e seguir a vida sem seguir essa cartilha silenciosa dos alternativos. Como artista, sempre me rotulo assim: alternativa aos alternativos.
Talvez eu tenha me identificado demais com esse texto. Eu comecei a perceber a mudança de referências há um tempo, e como foi algo construído por muitos anos, ainda me sinto perdida, sem saber quem sou do que gosto, o que quero.
Ps: As vezes penso que na nossa adolescência poderíamos ter caído ou na armadilha das patricinhas ou dos desconstruidos (ambos ricos, com a vida ganha) e, bom, fomos parar no canal da jout jout kkkkkkkkkkk
Gosto das músicas do Caetano, mas acho o Caetano pessoa física meio meh, não sei definir. E a jout jout, nunca me identifiquei muito . Qdo ela explodiu na internet, eu já era casada, vivendo outros problemas, outras questões. E embora eu an ache muito inteligente e articulada, eu não enxergava esssa profundidade toda nos vídeos delas, pra mim era ok, mas não me tocava. Assim como não toca viver no sem água luz. Amo mato, mas com conforto pq nós seremos humanos já deixamos de ser caçadores e coletores
Outra coisa que me enche o saco: todo mundo virando crítico de filme. Um dia um amigo deu uma nota pra um filme com três números após a vírgula, quase um número pi. “vai se fuder!!!”, pensei, mas não disse. Saudades de sair do cinema e só ouvir: gostei / não gostei.
Teu texto tá maravilhoso! (Ah, as pessoas romantizam a vida simples no campo, mas eu NUNCA trocaria a minha lava e seca por nada!)
Isadora, eu te acompanhei na internet uns anos, na época do veganismo, do relacionamento aberto, do corte de cabelo descolado, das roupas diferentonas. Depois, essas referências todas me cansaram e parei de te seguir. Me arrependi quando você resolveu sair da internet, voltou a me interessar. Graças a deus assino a newsletter desde não sei quando e amei quando você voltou a escrever. Hoje, eu não tô mais nas redes sociais porque aquilo lá me tirou de mim mesma com essas referências que a gente nunca teve mas acha que tem que ter.
Não tenho que achar nada, mas acho que você deveria escrever um livro. Obrigada por descrever a agonia exata do podcast da jout jout hahahaha
Obrigada por escrever, é muita generosidade sua compartilhar tanto e tão bem e de uma forma tão genuína o que você tá vivendo.
"a verdade é que eu nunca tive mesmo essas referências: eu fui lá garimpar cada uma delas pra mim. eu não cresci ouvindo MPB pra além do que já era mainstream o suficiente pra chegar na casa dos meus pais, já autorizado por todas as instâncias culturais que faziam as músicas bobinhas e festivas o bastante. eu também não fazia ideia de que pra viver uma vida trabalhando com o que se gosta, mudando a vida das pessoas e sendo autenticamente quem se é, você precisaria também vir de uma família com propriedades que datam do século passado e diplomas da usp. eu quis ter/ser tudo isso e eu fui atrás de cada uma das coisas que me pareciam bonitas, emocionantes, intensas, encantadoras, como quem faz uma exploração científica em madrugadas insones de internet discada."
Lendo seu texto me lembrei do filme "a pior pessoa do mundo " onde ela tem alguns incômodos de tempos em tempos e necessita mudar algo,seja grande ou pequeno. Acho que também ando passeando por esse caminho ,mas tô indo mais devagar ,pq em 2013 tive um surto de me desprender de muitas coisas materiais e hoje sinto falta de muitas coisas que não posso comprar, como:diários que escrevia no ensino medio, um cordão feito de pluma que usei numa festa especial,agulhas de quando furei meus primeiros piercings,ingressos de show e etc.Mas hoje em 2025 me bateu vontade de mudança novamente, cabelo,roupa,acessórios, músicas...é inevitável, a natureza chama rs
Se identificar existindo, pertencendo aqui, ali e noutro lugar também, mas mais do que isso, se pertencendo, indo e vindo como se quer. Que texto massa. ✨
Amei a parte do “eu, sim, tenho olhado para as coisas que gosto — e que tenho — na ânsia que elas me respondam as perguntas que eu nem sequer terminei de formular.”
Mds isso fez um mundo na minha cabeça kkkk
Mais Belo e Soweto, de fato! "a primeira vez que eu te beijei...no céu da Cidade de Neon...."
Muito bom!
Imagino que não seja fácil chegar onde você chegou e sustentar o ranço instaurado. Mas valerá a pena. Não vejo a hora dessa consciência de classe chegar em minhas amigas. Te contar que nasci no sertão da Bahia mas circulei muito pelo sudeste por causa da universidade e nunca consegui de fato me integrar à esquerda ecobag, apesar de até ter as mesmas referências e o mesmo arcabouço intelectual em alguma instância… esses grupos gostam dos “excluídos” como um token exótico e que não os confronte. O melhor mesmo é a gente pegar o que for legal desse rolê e seguir a vida sem seguir essa cartilha silenciosa dos alternativos. Como artista, sempre me rotulo assim: alternativa aos alternativos.
Talvez eu tenha me identificado demais com esse texto. Eu comecei a perceber a mudança de referências há um tempo, e como foi algo construído por muitos anos, ainda me sinto perdida, sem saber quem sou do que gosto, o que quero.
Ps: As vezes penso que na nossa adolescência poderíamos ter caído ou na armadilha das patricinhas ou dos desconstruidos (ambos ricos, com a vida ganha) e, bom, fomos parar no canal da jout jout kkkkkkkkkkk
Beijos! Cheguei por aqui hoje e vou ficar.
isa, vontade de dar as mãos contigo e sair por ai. que texto lindo 🤍
Gosto das músicas do Caetano, mas acho o Caetano pessoa física meio meh, não sei definir. E a jout jout, nunca me identifiquei muito . Qdo ela explodiu na internet, eu já era casada, vivendo outros problemas, outras questões. E embora eu an ache muito inteligente e articulada, eu não enxergava esssa profundidade toda nos vídeos delas, pra mim era ok, mas não me tocava. Assim como não toca viver no sem água luz. Amo mato, mas com conforto pq nós seremos humanos já deixamos de ser caçadores e coletores
Bethâniaaaaaaaaaaa
Outra coisa que me enche o saco: todo mundo virando crítico de filme. Um dia um amigo deu uma nota pra um filme com três números após a vírgula, quase um número pi. “vai se fuder!!!”, pensei, mas não disse. Saudades de sair do cinema e só ouvir: gostei / não gostei.
Teu texto tá maravilhoso! (Ah, as pessoas romantizam a vida simples no campo, mas eu NUNCA trocaria a minha lava e seca por nada!)
amiga, que bom que mudamos. a vida é mudança.
agora, sim, caetano o que tenho a ver, só não mexam com a bethânia kkkkk
Obrigada pelo texto libertador (mesmo que eu nunca tenha gostado do Caetano)!
Isadora, eu te acompanhei na internet uns anos, na época do veganismo, do relacionamento aberto, do corte de cabelo descolado, das roupas diferentonas. Depois, essas referências todas me cansaram e parei de te seguir. Me arrependi quando você resolveu sair da internet, voltou a me interessar. Graças a deus assino a newsletter desde não sei quando e amei quando você voltou a escrever. Hoje, eu não tô mais nas redes sociais porque aquilo lá me tirou de mim mesma com essas referências que a gente nunca teve mas acha que tem que ter.
Não tenho que achar nada, mas acho que você deveria escrever um livro. Obrigada por descrever a agonia exata do podcast da jout jout hahahaha
Obrigada por escrever, é muita generosidade sua compartilhar tanto e tão bem e de uma forma tão genuína o que você tá vivendo.
Amo <3
"a verdade é que eu nunca tive mesmo essas referências: eu fui lá garimpar cada uma delas pra mim. eu não cresci ouvindo MPB pra além do que já era mainstream o suficiente pra chegar na casa dos meus pais, já autorizado por todas as instâncias culturais que faziam as músicas bobinhas e festivas o bastante. eu também não fazia ideia de que pra viver uma vida trabalhando com o que se gosta, mudando a vida das pessoas e sendo autenticamente quem se é, você precisaria também vir de uma família com propriedades que datam do século passado e diplomas da usp. eu quis ter/ser tudo isso e eu fui atrás de cada uma das coisas que me pareciam bonitas, emocionantes, intensas, encantadoras, como quem faz uma exploração científica em madrugadas insones de internet discada."
urrando. urrando!!!!!!!!!!